quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Estava lendo um capitulo do livro Afogado e sobreviventes do Primo Levi, que foi um sobrevivente de um campo de concentração da Segunda Guerra Mundial, quando tive uma epifania acerca de coisas que me incomodavam naquele texto.
Estava se passando uma narrativa acerca de um grupo de prisioneiros que trabalhavam retirando os corpos das câmaras de gás e levando para o fono crematório, para nao ter restos mortais e nem provas daquelas mortes. O fato é que cero grupo achou uma menina na câmera de gás viva, embaixo de corpos, de cadáveres. O que causou certo espanto no grupo responsável pelo forno crematório.
A partir disso essa epifania me veio a mente e escrevi de maneira visceral o que me vinha a mente, suscitada por questões que foram apresentadas em tal texto.
Escrevo abaixo minha epifania:
Os corpos que saiam das câmaras de gás para serem queimados, assim como a maioria dos prisioneiros, não eram pessoas. Os cadáveres eram anônimos, sem história, sem família.
No momento que se encontra uma pessoa viva na câmara de gás, e esta ainda possui maior proximidade com o mundo exterior, ainda é capaz de contar sua história e seu nome: "ELA É UMA PESSOA"
Isso muda toda a configuração e a forma de se lidar com o trabalho no formo crematório. Não se trata de uma coisa e sim uma pessoa. Que além de tudo se lembra, que eles mesmos se não, já foram pessoas, e que é um semelhante.
Como matar uma pessoa?
Como matar um semelhante?
Não é um anonimo, mais um no meio de tantos. É um singular-plural.
Diante disso o que pensar? Como agir? O que fazer? Como se sentir?
É uma pessoa revelada como tal, sobrevivente, um símbolo que representa tantos anônimos que já foram perdidos, que não eram pessoas, naquele momento. Mas que outros foram e eram semelhantes a sobrevivente e aos trabalhadores do forno crematório;
É a representante do sofrimento de tantos.
Outros seres....Outros humanos.
Estava se passando uma narrativa acerca de um grupo de prisioneiros que trabalhavam retirando os corpos das câmaras de gás e levando para o fono crematório, para nao ter restos mortais e nem provas daquelas mortes. O fato é que cero grupo achou uma menina na câmera de gás viva, embaixo de corpos, de cadáveres. O que causou certo espanto no grupo responsável pelo forno crematório.
A partir disso essa epifania me veio a mente e escrevi de maneira visceral o que me vinha a mente, suscitada por questões que foram apresentadas em tal texto.
Escrevo abaixo minha epifania:
Os corpos que saiam das câmaras de gás para serem queimados, assim como a maioria dos prisioneiros, não eram pessoas. Os cadáveres eram anônimos, sem história, sem família.
No momento que se encontra uma pessoa viva na câmara de gás, e esta ainda possui maior proximidade com o mundo exterior, ainda é capaz de contar sua história e seu nome: "ELA É UMA PESSOA"
Isso muda toda a configuração e a forma de se lidar com o trabalho no formo crematório. Não se trata de uma coisa e sim uma pessoa. Que além de tudo se lembra, que eles mesmos se não, já foram pessoas, e que é um semelhante.
Como matar uma pessoa?
Como matar um semelhante?
Não é um anonimo, mais um no meio de tantos. É um singular-plural.
Diante disso o que pensar? Como agir? O que fazer? Como se sentir?
É uma pessoa revelada como tal, sobrevivente, um símbolo que representa tantos anônimos que já foram perdidos, que não eram pessoas, naquele momento. Mas que outros foram e eram semelhantes a sobrevivente e aos trabalhadores do forno crematório;
É a representante do sofrimento de tantos.
Outros seres....Outros humanos.
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